quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Review: "Call of Duty: Black Ops"

Como todos sabem, a série Call of Duty se reveza ano à ano ficando na mão de duas produtoras distintas: a Infinity Ward que trouxe modernidade a partir de Modern Warfare e a Treyarch que agora explora os tensos episódios da Guerra Fria de 1960. Essa alternância evidentemente cria uma certa rivalidade saudável entre as produtoras, e quem ganha com isso somos nós, visto que a cada ano um novo episódio supera com maestria o capítulo anterior.

Com “Call of Duty: Black Ops” não é diferente. Temos uma campanha completa e intensa, que apesar de relativamente curta proporciona momentos memoráveis que certamente ficarão na cabeça dos jogadores por um bom tempo.


A palavra de ordem é imersão

Analisando friamente o que faz da série Call of Duty tão diferente das demais, sem dúvida que um dos fatores mais importantes é a imersão que a equipe consegue proporcionar; a sensação de realmente estar em uma guerra. Vários elementos se combinam para criar sensações únicas e que convencem quem está com o controle nas mãos. E isso certamente é a chave do sucesso.

Black Ops usa elementos simples como cenas interativas para criar a ilusão competente de que estamos participando da ação. Detalhes como seu personagem tocando o ombro do parceiro ou encorajando-o a invadir uma sala repleta de inimigos pode ser um exemplo. Ou ainda, socorrer um soldado aliado alvejado em meio a um embate frenético na primeira fase no Vietnã pode ser outro ainda mais convincente.

Temos ainda fugas espetaculares, como na primeira missão na qual os personagens usam motocicletas nitidamente inspiradas em Che Guevara. Essas fugas agora permitem maior controle por parte do jogador, o que minimiza um pouco a frustração dos games anteriores em que esses momentos pareciam fáceis demais e pouco interativos.

A campanha oferece em média 7 horas de muita ação em fases lineares e com objetivos que na maioria das vezes se resumem a ir de um ponto à outro. Existem ainda missões como sniper ou espião, que dão uma quebrada no ritmo e garantem variedade. Ainda falando em variedade, agora pode-se controlar vários veículos, como jipes, lanchas e até helicópteros “tomahawk”. Essas missões proporcionam momentos memoráveis entre um tiroteio e outro.


Black Ops usa uma versão aperfeiçoada da engine de World at War, o que garante efeitos visuais ainda mais deslumbrantes. Não é exagero afirmar que estamos falando de um dos jogos mais bonitos desta geração, com caprichos como lustres que balançam e “jorram” luz por todo o ambiente em meio às batalhas, ou ainda impressionantes efeitos de água, fumaça e partículas.

Zumbis vietnamitas

Além dos veículos, Black Ops oferece, é claro, muitas armas ao longo da missão. Todas são reproduzidas com perfeição e até os sons de cada uma foi gravado à parir de sua contraparte real.

Terminada a campanha principal, há ainda o excelente modo Zombies, vindo diretamente de World at War. Aqui, mais uma vez você e mais três amigos devem se defender dos ataques de uma enxurrada de mortos-vivos famintos. Além da habilidade e rapidez, certamente que estratégia também é essencial para superar os difíceis níveis desse modo de jogo.

Apesar de simples, a premissa consegue divertir tanto à ponto de competir até mesmo com o modo campanha. Uma dica: complete primeiro a campanha para depois partir para a destruição de zumbis.


Multiplayer destruidor

Como de costume, o multiplayer de sempre não poderia faltar. Os últimos episódios da série reinaram por muito tempo como os mais jogados pelas redes dos consoles da atual geração, e inevitavelmente “Call of Duty: Black Ops” assumirá o trono.

Mas os iniciantes nos confrontos online não precisam temer, existe um excelente tutorial que é tratado como uma espécie de treinamento intensivo antes de partir para as disputas propriamente ditas. Aqui, você e alguns amigos podem aperfeiçoar técnicas como precisão da mira ou elementos de defesa. Já um outro modo coloca os jogadores em disputas de um a um, com uma sequência de armas à serem conseguidas nos mapas - ganha quem terminar vivo com a arma mais potente.



Os fãs também se sentiram em casa com as outras famosos opções para jogar online: Team Deathmatch, Search And Destroy, Demolition, Domination, Sabotage etc.e outros são modos já conhecidos dos gamers mais que garantem a diversão nos 9 mapas iniciais.

Intenso e divertido são adjetivos que descrevem um pouco do que este novo Call of Duty tem a oferecer. Tudo acompanhado de muita qualidade em praticamente todos os aspectos, desde a parte técnica, trabalho de arte ou cuidado com o enredo, além das modalidades multiplayer impecáveis. “Call of Duty: Black Ops” é imperdível e, mais uma vez, seguramente estará entre os melhores do ano em qualquer seleção que se preze.

Plataforma: Xbox 360, PlayStation 3, PC, Wii e Nintendo DS
Produção: Activision
Desenvolvimento: Treyarch
Jogadores: 1-4 (co-op); 18 (online)

Gráficos: 9,5
Som: 9,0
Jogabilidade: 9,0
Diversão: 9,5
Replay: 9,0
NOTA FINAL: 9,5


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